Tuesday, November 29, 2005

Surrealismo Realista...

Noite.

Frio.

Um ambiente avassalador e sombrio...

Uma criatura sentada no centro da sua caverna olhando algo deixado por um humano que por lá acampou... era uma tela, tela essa que foi capaz de fazer estremecer uma criatura que supostamente não tinha medo de nada, uma criatura gigante com um olhar capaz de fazer tremer o mais corajoso dos humanos...

Essa tela continha algo tão doce, profundo e ao mesmo tempo continha um caos assustador e negro... a tela transmitia uma grande dor por parte do artista, uma dor causada por alguma coisa que outrora fora muito doce, mas logo corroborada por um sentimento de ódio e desilusão...
A tela tinha uma confusão de cores e sentimentos...
Tanto tinha cores vivas e bonitas, como estava cheia de negro e vermelho como o sangue, salpicado por ela toda...

Depois de olhar para a tela durante 24 minutos sem cessar, a criatura atirou-se dum penhasco e acabou espetada nos ramos duma árvore que estava caida no fundo do abismo...
Os seus olhos espelhavam um sentimento de horror, uma lágrima escorria sob o pelo da criatura...

Mesmo uma grande criatura fica fraca perante uma confusão de sentimentos e horrores como os espelhados nessa tela...

Tela essa que é....

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

...um tecido hibrido, ambicioso, cego, polivalente e profundo, cuja malha é tao ténue quanto solidamente quebrante... o padrão, ah, o padrão.. esse é o...

Tuesday, November 29, 2005 3:27:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

...caos de onde emerge a matéria, matéria essa de onde surge a energia, e dessa energia extrai-se a vida que damos a todo o sentimento preso no nosso vasto cosmos interior e que, concentrada até rebentar, leva até a mais portentosa criatura a explodir de raiva acumulada, lançando-se num desespero sem fim, numa mágoa sem retorno, numa dor infinita...

O padrão é mutável no nosso coração, tal como 24 dá sorte sem razão...

Espera-te tudo de bom :)

Tuesday, November 29, 2005 5:33:00 AM  
Blogger Daniel Paiva said...

antes de mais nada agradeço o comentário k deixast no meu blog

gostei deste texto. penso que o imaginário foi bem descrito, não te poupaste a adjectivos para tal. achei interessante a antagonia entre a caverna e a tela. boa dualidade. podias ter sido mais amavel para com a criatura. all in all, muito bom texto

Tuesday, November 29, 2005 2:33:00 PM  
Blogger O Mega said...

Em primeiro tanx plo comment no meu refugio blogueiro.

Quanto ao teu texto, sendo o primeiro que leio resero-me uma análise mais profunda qdo tiver oportunidd de perceber o que está por trás das palavras que escolheste para ilustrar a tua tela. Texto interessante, fico expectante para o que possa vir daí. essencialmente: continua []

Tuesday, November 29, 2005 3:11:00 PM  
Blogger Lunaris said...

... a essência, a raiz da auto-destruição humana, sempre compulsiva, sempre presente. Da criatura espraiavam horrores e ternuras. Ser-se triste não é ser menos do que ser feliz. A destruição não é algo inimaginável. A tela era o mundo, a criatura o seu mero criador... :P
Gostei muito, sobretudo do teu profile. Esse cansaço de que falas é-me muito familiar. E já agora, cumprimentos a Braga, há mtos anos que não apareço por aí, mas gosto muito :) continua com o bom trabalho e não te esqueças de me visitar de vez em quando. Pelo menos, eu sei que aparecerei por cá... ;)

Wednesday, November 30, 2005 9:39:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

é nada de textos grandes. É amor. Porque o amor pode ser feio.e levar a morte.olhar o amor pode trazer o odio.
Nao tem nexo...deixa pa la.

Monday, December 26, 2005 11:39:00 PM  

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